No último dia 31 de dezembro, em São
Paulo foi realizada a tradicional Corrida de São Silvestre, este ano na sua 92ª
edição. Três Pontas vem sendo representada sempre nos últimos anos com atletas
que tem se desdobrado pra chegar até a capital paulista, não só pela necessidade e intensificação nos treinamentos, mas como também pra suprir a
ausência de apoio do poder público municipal.
Um dos participantes da última edição foi o funileiro João Carlos Peres
que falou ao CT – “ Primeiramente quero abraçar a todos,amigos, atletas e
agradecer o apoio recebido de poucos que
acreditam no nosso trabalho, mas que é muito importante pra mim. Esta é terceira
vez que participo da São Silvestre, e apesar
de todas as dificuldades, fiquei bem colocado, entre mais de trinta
mil corredores, cheguei entre os quatrocentos.”
João cita que também estiveram em São Paulo, participando da prova os
trespontanos Thiago Sandy,Xandão,Diana Prósperi, todos levando a bandeira da
cidade.
João Peres diz que na cidade tem em média cerca de 20 a 30 atletas que
participam de corridas de média e longa distância. Lembrou da Associação de
Atletismo, que segundo ele, infelizmente está parada por falta de apoio,portanto
estão, se inscrevendo e participando das provas por meios individuais, cada um
faz a sua parte.Para ele, -“ O Governo municipal precisa abraçar esta causa,
porque a modalidade, faz parte do esporte em geral. O Futebol, Judô, Karatê,
entre outros tem recebido algum tipo de apoio, e não vejo o mesmo com o
Atletismo. Acho que a secretaria de esportes agora se Deus quiser, nesta nova
gestão vai abraçar esta causa ai, fizeram promessas e a gente cobra. O esporte,
vejo através de mim que tenho cinquenta e seis anos ,a juventude que se espelha
na gente e temos que tirar esta meninada das ruas, ao invés de aprenderem o que
não presta, vamos correr atrás do esporte, independente da idade”.
João Peres comentou ainda sobre as dificuldades encontradas no esporte-“
Eu participo de Maratonas, meia
maratonas, agora, uma viagem, por exemplo, daqui a São Paulo, temos que deixar,
pelo menos, um dia de trabalho porquê temos que chegar um dia antes pra
retirada do Kit,mais a viagem, despesas
com hotel, não fica menos de quinhentos reais, ai a gente sai nos comércio pra
pedir uma ajuda, talvez pensam que estamos querendo abusar e realmente, fico
até com vergonha de pedir, fico constrangido em ouvir um não. A pessoa olha pra
você, que as vezes sai sujo do seu serviço, deve pensar, “este senhor de 56
anos não vai correr”, Tudo tem suas dificuldades, estou vendo a crise que o
país atravessa, mas acho que não custa nada a uma empresa grande tirar um
mínimo, apoiar um atleta em uma viagem desta não é muita coisa, eles podem tirar de seus próprios
fornecedores e motivar os patrocinados.”
O ano de 2016 para João Carlos Peres – Graças a Deus tenho só que
agradecer,corri praticamente três corridas por mês,e sendo assim, tive que
tirar uma fatia grande do salário meu, sou autônomo e não tenho uma renda fixa,então aperta. O
ano pra mim foi bem, mas só faltou o apoio nescessário. Quero deixar claro tembém que quando a gente
abre uma porta, devemos deixa-la aberta para os companheiros. Quando entrei
no atletismo, tínhamos uma equipe do
SESI, através do Paulo Adriano, uma grande pessoa, e falavam em dificuldades
que era impossível arrumar patrocínio, é difícil sim, vejo agora, mas não
existe este negócio de Impossível. Fui atrás das empresas e consegui um
patrocínio através do Clube da Casa, na pessoa da Letícia Miari , do Miari
& Cia, e esta porta que abri em 2014, deixei aberta pra 2015, e ela ajuda
um determinado atleta por um ano, foi assim comigo,depois passou pro Julinho
Pantani,e este ano vai entrar a Adriane Pereira que é uma grande corredora da
nossa equipe.”
Sobre 2017, João falou –“ Meu plano este ano é correr firme, sempre com
Deus no coração, motivando sempre a meninada que é um dos grandes
objetivos, é um caminho pra que
alertemos o poder munipal porque a
porta entrada pra reclusão social,é o
esporte, então vamos pegar esta causa , qualquer pessoa pode praticar o
esporte. Minha prioridade é voltar á corrida de São Silvestre este ano . Em
2015 fiquei entre os setecentos, agora baixei trezentas posições, e agora quem
sabe posso subir ainda mais esta colocação.A dificuldade desta corrida é chegar
na frente. A elite sai na frente entre os cem primeiros, agora agente sai no
meio da massa, com no mínimo oito mil atletas á sua frente, pra mim conseguir
passa-los e chegar bem colocado tem muita
dificuldade, mas vou ver se durmo lá, na fila um dia antes, pra sair um pouco á
frente e quem sabe melhorar bastante meu tempo.”
O CT procurou pelo atual secretário
de Esportes João Batista Rabelo pra falar sobre os planos pra esta temporada e
sobre apoio ao esporte em geral, mas na oportunidade, fomos informados que ele
estaria visitando praças esportivas no Pontalete e no Quilombo. O coordenador
Francisco de Paula Vitor Brito(Chiquinho), comentou que está nos planos do secretário, apoio a todo o
esporte trespontano,ao especializado, ao esporte individual, volta dos
campeonatos rurais, municipal, Copa do Trabalhador, além de participação nos
jogos do interior de Minas(Jimis)e
competições regionais entre outros.
A classificação geral da 92ª Corrida de São
Silvestre está disponível. Realizada na manhã de 31 de dezembro, nas ruas
da capital paulista, a tradicional prova teve a vitória do etíope Leul Aleme no
masculino. Já no feminino, a queniana Jemima Sumgong se sagrou campeã com o
recorde da competição.
Pódio da prova masculina:
1) Leul Aleme (Etiópia) – 44min53s
2) Dawit Admasu (Etiópia) – 44min55s
3) Stephen Kosgei (Quênia) – 45min00s
4) Giovani dos Santos (Brasil) – 45min30s
5) Willian Kibor (Quênia) – 45min49s
1) Leul Aleme (Etiópia) – 44min53s
2) Dawit Admasu (Etiópia) – 44min55s
3) Stephen Kosgei (Quênia) – 45min00s
4) Giovani dos Santos (Brasil) – 45min30s
5) Willian Kibor (Quênia) – 45min49s
Pódio da prova feminina:
1) Jemima Jelagat (Quênia) – 48min35s
2) Flomena Cheyech Daniel (Quênia) – 49min15s
3) Eunice Cehbicii (Bahrein) – 50min26s
4) Ymer Wude (Etiópia) – 51min40s
5) Ester Chesang Kakuri (Etiópia) – 51min45s
1) Jemima Jelagat (Quênia) – 48min35s
2) Flomena Cheyech Daniel (Quênia) – 49min15s
3) Eunice Cehbicii (Bahrein) – 50min26s
4) Ymer Wude (Etiópia) – 51min40s
5) Ester Chesang Kakuri (Etiópia) – 51min45s
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