Futebol é símbolo de alegria, paixão, vibração,
prazer e muita resenha. Este esporte consegue levar multidões, pelo mundo afora, ao
delírio. Principalmente no Brasil, esta paixão não se limita apenas aos grandes
clubes profissionais, de grandes estruturas, de imensas torcidas, ou com
expressiva galeria de títulos e troféus.
Não importa o auge ou o fracasso. O importante é,
que para o torcedor seu time é o melhor. Seja ele profissional ou amador.
No futebol profissional existe todo um aparato
para sustentação dos grandes times. Presença marcante da mídia, participações
diretas de grandes ícones da crônica esportiva, entre tudo, muito marketing,
bastidores, tramas e mordomias. Este é o futebol do dinheiro de altos
investidores, dos lucros, das vantagens.
Mas por outro lado, podemos classificar um outro
tipo de futebol. O que não tem marketing, nem dinheiro, muito menos mordomias e
nem investidores. Pouca mídia e quase nenhuma cobertura. Vive sistematicamente
do esforço de abnegados desportistas, por puro prazer.
É o futebol que envolve famílias, amigos,
comunidades, trabalhadores humildes, gente simples, muito simples, que sustenta
a verdadeira identidade de sua comunidade, a arte e a malícia de um jogo de
bola.
O futebol
amador, é o futebol que revela talentos, que descobre valores, é responsável
pelo autêntico papel social de reintegração à cidadania, de aproximação dos
excluídos, talvez, única
fonte de lazer para a maioria das vilas, bairros, zonas rurais e até cidades
inteiras.
Futebol amador é harmonia, amizade,
confraternização, respeito, igualdade racial. Todos podem participar,
contribuir para o bem estar social com a mesma sintonia.
Pelo interior de Minas, é comum de se ver equipes
amadoras se perpetuarem por várias gerações agregadas. Entre, pais, filhos,
netos e bisnetos, formando pilares de sustentações para manterem as raízes e
conservação das tradições de suas agremiações.
Ao contrário do profissionalismo. O amadorismo
procura manter fiel suas raízes. Não dispersa seu povo. Cultiva bem próximo seu
maior patrimônio, o material humano. Cada tempo que se passa aumenta sempre
mais um quadro para preservar a história.
As equipes mais tradicionais, além de manterem as
escolinhas, categorias de base, possuem também o quadro principal chamado de
Amador. Amador é o auge das revelações dentro da estrutura de cada uma.
Pois bem, o texto de Jorge Guimarães acima, é pra
ilustrar a alegria de muitos em “fazer esporte amador”. O Ponte Alta Esporte
Clube, equipe trespontana ano passado conquistou todos os campeonatos que
disputou, não só levantou os troféus, mas em doze competições, terminou todas
sem sequer ser derrotada uma única vez. Foram 12 etapas do JOSUL(Jogos do Sul
de Minas), disputados em cidades diferentes a cada etapa,, ou seja, ginásios e
quadras diferentes, o que poderia ser um obstáculo a mais, mas o time de
Paulinho Zebrinha não se intimidou em momento algum, fazendo de 2016, uma
temporada perfeita pra garotada. Pra comemorar o grande feito, e estreitar
ainda mais a grande parceria entre jovens atletas, pais, amigos, Paulinho
Zebrinha promoveu um encontro de
confraternização no domingo, dia 14 de janeiro no sítio do Quinho da Van,
localizado na Bela Vista, bem próximo da cidade.Muita alegria,churrasco, refri,
tiroleza,pros adultos cerveja e claro que não faltou também jogo de futebol no
campo socyeti.
Gustavo
Alves Inácio de apenas 10 anos é um dos
atletas que integram a equipe e fala um pouquinho das conquistas que tiveram. -
“ A gente reforçou, ganhamos o primeiro jogo em varginha, eu ganhei como destaque.
A gente ganhou ano passado e agora merecemos ser campeões o ano inteiro.
Estamos indo em frente, conseguindo ganhar os jogos. Ano passado a gente não
perdeu nenhum, agora vamos ver esse ano.
Milton Gama:Qual foi a
fase mais difícil do campeonato no ano passado?
Gustavo: Ano
passado foi a antepenúltima que a gente jogou contra o Vila Flamengo em
varginha e que ficou 4x3 pra gente.
Milton Gama:
A respeito do grupo, a meninada está entrosada. Sobre trabalho que é feito pelo
Ponte Alta, pelo Paulinho Zebrinha, o que você fala?
Gustavo: Ele
faz tudo pra nós, dá uniforme, deu tênis, e a gente faz tudo pra poder ganhar.
Milton Gama:
O que representa pra você estar nesse projeto do Ponte Alta?
Gustavo: Em
2013 ou 2014 ele me chamou pra jogar na Cohab. Aí ele me viu jogando e eu
fiquei com o time.
Milton Gama:
Qual jogador profissional você mais gosta? Em qual posição você joga?
Gustavo: Gosto muito do Messi e do Marcos Rocha. Eu jogo como
lateral esquerdo e faço gol também.
Adicionar legenda |
Paulinho
Zebrinha, presidente, treinador, colecionador de títulos, já são mais de 120,
entre tempos de jogador, técnico e dirigente fala com entusiasmo-“Graças a Deus
foi tudo 100%. Vencemos 12 etapas do JOSUL, fomos campeões. Tudo o que a gente
disputou, a gente ganhou, estamos invictos há 2 anos na categoria 2007/2008. E
agora em 2017 vai ser transformado, porque todo ano muda, a gente vai por três
times nas olimpíadas que vão começar dia 26 aqui em Três Pontas, a categoria
2004/2005, 2006/2007, 2008/2009. Se Deus quiser em maio nós vamos colocar a
categoria mirim na Copa do Trabalhador.
Milton: Eu
já acompanhei na Cohab, em outros lugares você treinando a meninada, o
resultado nas competições conquistadas é fruto do seu trabalho e da sua
dedicação, além dos pais que levam as crianças até lá.
Paulinho: É.
A gente nunca pode esquecer de agradecer o conselho municipal da criança e do
adolescente de Três Pontas que muito nos ajudou o ano passado com a verba que
saiu pra gente comprar o material esportivo pra eles. Todos os garotos têm
material de treino, material de jogo e ainda nós conseguimos tênis pra maioria.
E agradecer os pais que acompanham, vão nos treinos, ajudam levar de carro ou
quando freta ônibus, eles ajudam a pagar. Queria agradecer à minha esposa
também pelo apoio, ela que lava os coletes, lá nós somos roupeiro, massagista,
técnico. Lá em casa a Aline, minha filha, é a secretária que manda mensagem
pras mães.
Milton: No
mundo que a gente está vivendo e está vendo, a juventude infelizmente está
desviando pra outros caminhos. O esporte é isso, o momento que vocês formam a
fomentação das crianças pelo futebol e ajudam a fazer boas escolhas.
Paulinho: Eu
tenho no meu sangue o futebol, porque meu pai era um dos mais apaixonados pelo
TAC, ele saía de Três Pontas com um problema seríssimo na coluna pra ver o TAC
jogar. Eu vejo que o esporte tira muita criança do mau caminho e ajuda. Eu fico
muito satisfeito quando chega um convite lá em casa de um dos atletas que foi
comigo formando pra médico, advogado, agrônomo, engenheiro. Enfim, eu vejo que
eu ajudei na formação dessa criança.
Milton: E
essa confraternização com as famílias, as crianças, é um momento importante e faz
parte, não?
Paulinho: A
gente queria fazer logo após o jogo, mas foi antes de um natal num domingo e
não tinha como fazer. Depois foi ano novo, o pessoal foi viajando. O Quinho nos
recebeu muito bem nesse espaço, quero agradecer ele e à sua esposa, a família
que está aqui recebendo a gente e os pais dos garotos que ajudaram, cada um
trouxe uma coisa. O Ponte Alta é união, por isso que dá esses frutos.
Parabenizamos ao Futsal Ponte Alta E.C que venceu
doze disputas em 2016 e merecidamente
foi campeão dos campeões.
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