quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

11ª Edição: Solidariedade: Amigos do Flaminas x Amigos do Sargento Maxuel.


No último dia 27 de dezembro, com já vem acontecendo há vários anos, Edilson(Dimel, e Sargento Max reuniram amigos para a tradicional pelada de final de ano. O evento chegou a sua décima primeira edição, e neste ano foi realizado no estádio municipal José Comuniam, o Campo do Vila no bairro Santa Edwirges. O objetivo do encontro é reunir amigos pra confraternizar e ao mesmo tempo praticar a solidariedade. Quem joga, ou quem vai acompanhar o evento, leva um doação em alimento, ou roupas,enfim, estas doações são revertidas a uma entidade assistencial.Este ano a entidade escolhida pra receber as doações, foi a Casa de Recuperação Pietá.

  Antes de a bola rolar, muitas homenagens forma prestadas. Anualmente, uma pessoa da sociedade recebe homenagem pelos trabalhos prestados ao esporte local  e o homenageado da vez foi Ney Antonio, presidente do TAC(Trespontano Atlético Clube). O participante mais velho, bem como o mais novo também receberam medalhas pela participação. Milton Gama também recebeu medalha pelo apoio, através da imprensa, que vem dando ao esporte. O resultado da partida é o que menos importa, embora muitos de cada lado foram anotados e o encontro terminou com empate dentro das quatro linhas, mas fora delas, a vitória foi da solidariedade, da participação e da alegria de poder estar ali.

  Dimel, falando a respeito da 11ª edição do encontro.....
Dimel: Primeiramente eu gostaria de agradecer a sua presença, a presença de imprensa em geral, ao Max que é um parceiro de longa data. Eu e Max fomos criados juntos, até o meu apelido veio dele, de quando éramos crianças, enfim, a gente tem uma ligação muito forte, desde pequenininho. É uma satisfação, o coração da gente se acalma, a gente fica até emocionado em ver que em um domingo chuvoso, um domingo de fim de ano que todo mundo poderia estar viajando com a família, passado Natal, feriado prolongado, você vê que está todo mundo aqui contribuindo, participando da nossa causa que é arrecadar donativos pra Pietá e mais uma vez, felizmente, vai ser de grande sucesso. Todo ano a gente faz uma homenagem a uma personalidade da cidade, ligado ao futebol, ano passado foi o Padre Roberto, você também já esteve 
como nosso homenageado, esse ano nós escolhemos o Ney Antônio, presidente do TAC, por se ruma pessoa muito envolvida com o futebol, com o esporte, também uma pessoa muito solidária, enfim, eu e o Max concordamos em escolhê-lo.

Milton Gama: Quem traz as doações concorre a prêmios também, né?

Dimel: Isso! A gente vai no comércio local dos amigos e pega brindes, esse é mais um motivo pra incentivar o pessoal a trazer esses donativos e também se confraternizar. A gente recolhe esses brindes e sorteia entre os participantes.


SARGENTO Max  comentou como   surgiu essa iniciativa, como é que foi essa iniciativa de vocês há onze anos atrás?
Sargento Max: Isso surgiu como uma brincadeira, que a gente ficava sempre vendo na televisão o jogo das estrelas e aproveitamos pra copiar um pouquinho deles essa parte boa, que é aproveitar, divertir, que é um jogo pra dar uma finta, uma caneta, um chapéu, e em contra partida poder ajudar. Começou ajudando pessoas que a própria comunidade indicava, montava uma cesta básica, ia entregar pra pessoa. Depois foi ficando cada vez mais sério e agora, de uns anos pra cá, passou a ser ajudada a Casa Pietá de Recuperação de dependentes químicos.
Milton Gama: O resultado do jogo é lógico que é importante, porque ninguém que entra em campo quer perder, mas é o que menos importa, afinal de contas o ganhar já é pela amizade, pela confraternização e pela ajuda solidária do pessoal.
Sargento Max: Sim, eu já costumo dizer que a partir do momento que a gente entra no gramado, todo mundo á está ganhando. Ganhando alegria, costuma ser o último jogo que o pessoal faz no ano, e todo mundo sai ganhando.

Rodrigo Miranda Moraes – Vice presidente da casa de Recuperação Pietá fala da importância de eventos como este.... Rodrigo Miranda Moraes: Isso é importante pra gente porque o nosso trabalho é voluntário, vive de doação. Então é um reconhecimento da sociedade sobre a importância do nosso trabalho. É preciso que a sociedade abrace a causa porque o que a gente está fazendo é um bem pra ela própria, então iniciativas como esta são importantes.

Milton Gama: O que é o trabalho que vocês realizam lá na Pietá Recuperação às pessoas?

Rodrigo Miranda Moraes: Hoje a gente está com oito meninos. Nesses cinco anos que a gente esteve lá, já passou mais de 150 meninos. A gente oferece a eles um lugar para que eles tenham condição de recomeçar, muitos já perderam tudo: família, esperança, a droga tira tudo da pessoa. A porcentagem de recuperação é baixa, pelo fato de a luta ser difícil, mas os poucos que conseguiram recuperar já valeu à pena o trabalho. Tem pelo menos umas trinta pessoas que a gente conhece que estão bem, e isso pra gente não é quantidade, é um menino desses que se recupera poderia estar se prejudicando, prejudicando a família, e hoje está bem, está trabalhando, está casado, feliz, esse é o nosso pagamento.
Milton Gama: Foi dito agora a pouco que vocês também estão encontrando dificuldades pra manter a casa de recuperação.


Rodrigo Miranda Moraes: A gente está trabalhando ali naquele local já faz alguns anos, mas o local foi criado pra um outro fim que não é a comunidade de recuperação. Então a gente tem encontrado dificuldade de permanecer no local, porque nós estamos ali de maneira inapropriada, mas com a ajuda da sociedade, se o pessoal abraçar a causa e reconhecer a importância, quem sabe a gente não consegue ficar, né?















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